por Charles Daniel
Índia, 1912.
As tropas do então quase número um do país adentram esbaforidos pelo requintado salão oval do palácio. E, no meio de tanto penhor e ostentação, confrontam-se com a terrível imagem de seu líder tombado ao chão sem vida.
Causa: envenenamento. E assim, Achyuta Abhynav, este, nem saiu na foto.
E no mesmo país, só que em outra época, a guia espiritual Yar Sefaz não contou com uma revisão básica ao automóvel sedan que utilizava.O que já era tarde demais, indagou a distinta mulher, ao sentir o mesmo carro tentando (e não conseguindo) voar de um penhasco.
Causa: Freios cortados. Pelo menos é o que se acha até hoje.
Vladivostok, 1963.
O líder separatista da frente denominada: Frente pela Frente, Kraniev Solavanko, teve seu apartamento incendiado por um grupo fortemente armado de desocupados que não se preocuparam com autoria.
Toda a encrenca e barafunda dessa gente doida, e saliento, desocupada demais, se deve, segundo um bom amigo correspondente na capital desta nação, a um grupelho de jogadores inveterados de WAR. Queriam eles a independência ou apenas exterminar os exércitos vermelhos?
Síria, 1984.
Em momentos de muitos protestos e deslocado no turbilhão de loucuras tecnocratas abissais, o líder da milícia: Libertação pra Ontem, Yabin Caifaz, ordenou aos seus cupichas: Vão na frente que já já eu chego meus compadres.
Foi visto pela última vez a guiar um táxi ali pelos lados do rio Hudson, na Big Apple. Ao volante do yellow cab, não perdia tempo com rubor em delinear um belo e farto sorriso no rosto. De posse de um bronzeado macio e chique que mataria de inveja qualquer mulata do Sargentelli.
Ser político é uma coisa. Ser bocoió e comer capim pela raiz é outra. Foi o que nos ensinou o destemido amigo Caifaz neste mavioso ensaio da lerdeza.